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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Judith Cortando a Cabeça de Holofernes.

A imagem retrata Judith decapitando Holofernes. Podemos notar que a expressão de Judith é de insegurança do que está fazendo. Holofernes expressa uma dor e agonia e talvez seja o rosto de Holofernes que dê ao quadro um tom dramático e horrendo. Também se pode perceber que tem uma velha atrás de Judith e essa, expressa frieza diante do acontecimento. Caravaggio trata de acontecimentos bíblicos usando jogos de luz e sombra. Na pintura notamos que o foco de luz esta no braço de Holofernes e no rosto de Judith atraindo a visão do observador para o rosto de Holofernes. É como se fosse um caminho de luz atraindo para os rostos dos personagens principais. Como a pintura é do estilo barroco é assimétrica e o cenário é escuro possuindo, a pintura, três figuras, além de estarem duas em pé e uma deitada. Predomina a linha sinuosa atraindo os olhares para os pontos de luz, além de ter no fundo um manto vermelho que contrasta com o preto do fundo.
A imagem chama a atenção, pois caravaggio soube utilizar muito bem além das posições das figuras e da idéia de movimento no corpo dos personagens, o jogo de luz e sombra, atrai os olhares para as figuras destacadas que entre outras é a cabeça de Holofernes. Tanto a sinuosidade como as expressões dos indivíduos dão um tom dramático e certa agonia pela cabeça de Holofernes esta sendo decapitada, não é nem a decapitação em si mais a expressão e o fato de a cabeça esta “quase” cortada por inteiro e este “quase” dá a agonia, pois a cabeça não aparece totalmente decapitada mais quase decapitada. Além disso, da uma sensação de medo pela frieza da velha que esta atrás de Judith. Para ela não faz diferença que Judith salve sua própria pátria, decapitando holofernes, para ela é uma coisa normal e isso da certo medo e temor, pois a atitude da velha parece aterrorizante. Caravaggio consegue mostrar a podridão de certos capítulos bíblicos e choca qualquer espectador de sua obra com as pinceladas que dão cor à sombria realidade de um período que tinha sido glorioso.           

Autores: André Valente                                     
                Daniel Bentes
                Felipe Brito                                                                                                                                                      
                Julio Victor

A Crucificação de Santo André.

“A Crucificação de Santo André” é uma obra feita no período do Barroco por Caravaggio, entre 1609-1610, pouco antes de sua morte.
         Santo André foi amarrado na cruz pois tentou converter os gregos ao cristianismo, porém pessoas se juntavam a cruz e ele continuou profetizando a elas. Essas pessoas pediram para libertar Santo André, ao qual foi permitida a liberdade, mas ele implorou a Deus para morrer na cruz assim como Cristo tinha feito. Deus concedeu ao seu desejo.
        
• Descrição da imagem
         A imagem representa Santo André amarrado na cruz, um homem tentando desamarrar as cordas que o seguram e pessoas ao redor observando a cena.
         Caravaggio transmite o drama da morte milagrosa de Santo André através dos músculos tensos do homem tentando desatar os nós que o prendem na cruz (mas sendo incapaz de fazê-los) e pela expressão de espanto das pessoas que presenciam a cena.
         
• Composição / Elementos visuais
         Esse quadro foi produzido utilizando a técnica de óleo sobre tela, sendo uma imagem assimétrica e com a presença da linha diagonal, que pode ser percebida na posição em que se encontra a cruz. Caravaggio utilizou a perspectiva de luz e sombra para transmitir um drama espiritual.
         A luz é utilizada principalmente nos detalhes, para dar um foco nos elementos principais da pintura. Esse jogo de luz e sombra de Caravaggio chama-se Tenebrismo.
         Esta obra possui uma visão bastante realista, uma das características das pinturas de Caravaggio, com um fundo obscuro, quase totalmente negro e sempre retratando temas bíblicos.

• Interpretação da imagem
          A imagem transmite às pessoas certo drama. A expressão facial de Santo André, e até mesmo seu corpo, que está com aparência de bastante desgastado, nos passa a sensação de agonia e cansaço por estar nessa situação.
         As pessoas que estão embaixo da cruz, presenciando a cena em que o carrasco tenta desamarrar as cordas de santo André, em vão, possuem expressões faciais que nos transmite a sensação de não estarem compreendendo o que está acontecendo, o porque de o homem não conseguir desatar a corda.
         Essas pessoas estão ao mesmo tempo esperando que santo André seja solto e também espantadas pela suposta demora.
         Essa luz focando em cima do corpo de santo André, tenta chamar atenção para o estado que ele se encontrava após permanecer dois dias preso na cruz, aparentemente com o corpo bastante desgastado e cansado.

Autores: Diego Henrique
              Jéssica Fernandes
              Tainá Rezende

O Tocador de Alaúde.

Imagem, descrição detalhada da obra:
Logo de cara podemos perceber um jovem rapaz de beleza feminóide e sensual. Com a pele bem clara, olhos negros como se estivesse olhando á uma direção, com o rosto de feições delicadas, cabelo ondulado possuindo uma faixa branca, a mesma cor de sua blusa. Comparte o protagonismo com frutas, flores em um jarro e uma serie de objetos relacionados á música como instrumentos musicais: alaúde, violino e juntos sob a mesa aparente algumas partituras. O jovem parece estar sentado atrás de um mesa ou balcão, tocando seu alaúde. Esta pintura é uma obra do gênero Barroco. Nesta obra fica evidente o emprego estético de Caravaggio do jogo de luzes e sombras com o cenário negro de fundo com uma luz amarela focalizando a figura principal (o tocador) e se bem que o claro e escuro só serviriam como algo para se criar volumes e profundidades, sem dar a ação efeitos dramáticos, como seria habitual nas obras do artista.
Elementos visuais, composição:
É uma figura assimétrica, pois se imaginarmos uma linha vertical no meio da figura, não teremos a mesma imagem ou imagens parecidas em ambos os lados.
Quanto ao tipo de linha predominante, podemos observar em bastante uso a linha curva, que contorna o rosto do tocador, sua roupa, seu alaúde, e os objetos de natureza morta (flores, frutas).
Caravaggio utiliza do jogo de cores, escuro e claro, em sua obra, pois percebe-se o quarto ao fundo muito escuro, e sobrepondo este, o tocador, como se existisse algum feixe de luz sobre ele, ou como um contemporâneo do próprio Caravaggio citou, “uma luz forte de cima com uma única janela e as paredes pintadas de preto, de modo que ter as luzes e as sombras escoras, da a profundidade à pintura”
Quando olhada a obra, logo olhamos para o instrumento do Tocador, por ser um tanto inusitado, este se chama Alaúde, e possui base de formato semelhante à uma pêra. E também para o rosto do Tocador, que por estar em cor clara em um fundo preto também chama a atenção do observador.
 Interpretação da Imagem pelo grupo
A obra O tocador de Alaúde, como sabemos é do grande artista Caravaggio, um pintor que queria ter proposto uma oposição consciente ao Renascimento e ao Maneirismo. E assim foi feito em suas pinturas. O objetivo do artista não era passar algo onde transmitisse dramatização, como era visto em suas posteriores obras. Já nesta, é bem claro observarmos um grande jogo de luz e sombra, onde o principal objetivo da pintura é algo para criar volumes e profundidades na imagem. A imagem nos transmite uma sensação de solidão, pelo fato das cores serem escuras, e o personagem estar em um ambiente sozinho.

Autores: Lariza Souza
Márcio Vinícius 
Thayane Lima 

A vocação de São Mateus.

Descrição: Um cenário de uma conversa ou um debate, representando o naturalismo, onde se têm homens e uma mulher na cena, quatro homens e uma mulher sentada e mais dois homens em pé. Há uma parte superior, ocupada só por uma janela, e o inferior, no que se representa o momento preciso no que Cristo apontando a são Mateus. O santo está sentado frente a uma mesa com um grupo de pessoas, vestidas como os contemporâneos de Caravaggio, como numa cena de taberna. Cristo traz a luz verdadeira a este espaço escuro dos angariadores de impostos. Para acentuar a tensão dramática da imagem e focalizar sobre o grupo dos protagonistas a atenção de quem olha, recorre ao expediente de submergir a cena numa penumbra cortada por raios de luz branca, que faz emergir os gestos, as mãos, ou parte da roupa, e deixa quase invisível o resto. Apenas são Mateus enxerga o Cristo e reconhece o seu chamado. Alguns olhares estão tão  atentos em contar o dinheiro que nem o percebem.
Elementos visuais: Na figura são usadas cores escuras, enfatizando mais o vermelho, há formas bem definidas do rosto, corpo, roupas e os movimentos. Há uma composição diagonal no feixe de luz no meio da cena apontando ao santo.
É uma imagem que nos transmite emoção, drama e certo suspense por causa do ambiente escuro e pela tensão demonstrada no rosto das pessoas. E pelos movimentos dos personagens.

Autores:
Tainá Oliveira
Willian Eduardo
Yago Oliveira

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Os Músicos.

O quadro “Os Músicos” foi pintado em 1595 em Roma, é uma obra não religiosa, não simétrica e uma das mais discutidas de Caravaggio por sua complexidade. Foi uma pintura encomendada pelo Cardeal Francesco Del Monte, que apoiava um renascimento da música, um tema muito em alta na época. Vemos na cena com linha horizontal quatro figuras masculinas provavelmente ensaiando ou dando um concerto. Temos um garoto afinando um alaúde nas mãos vestido com uma túnica branca, uma vermelha e outra esverdeada mais abaixo, ele se encontra posicionado de modo frontal e é reconhecido como a figura central da obra, mesmo estando em segundo plano. O garoto que está de costas parcialmente nuas com um violino ao seu lado e aparentemente lê uma música, está em primeiro plano, embora esteja virado de costas ao espectador.  Em terceiro plano está um garoto que só lhe é apresentado a cabeça, e em quarto plano vemos uma figura vestida de cupido curvada em atenção a um cacho de uvas, que para alguns seria um aspecto erótico. As figuras não reagem entre si. O que mais chama a atenção são as expressões faciais, principalmente da figura central, onde temos a impressão que a música que está sendo tocada é triste, pois percebemos no rosto do garoto expressões de choro, de emoção, o que fica mais evidente ainda com o uso da cor vermelhada para a pele do rosto localizada abaixo das bochechas e os olhos levemente caídos. Quanto ao que se encontra em terceiro plano, vemos uma leve expressão de surpresa, admiração. Também percebemos um tratamento de luz e sombra onde há uma luz focando as figuras em primeiro e segundo plano, deixando mais obscuras as outras duas figuras e dando uma noção de profundidade. Curiosamente especula-se, dado o grande realismo da obra, que a figura central tocando madrigal foi um companheiro de Caravaggio chamado Mario Minniti e a figura entre a de primeiro e segundo plano é um autorretrato do próprio Caravaggio.

Autores: Andony Leal
Ingrid Barbosa
Valéria Suanne 

Natividade.

     Como um dos principais temas do barroco, temos nesta pintura, a religiosidade.   Na obra há um foco central, uma mulher, a qual parece estar tendo um filho e que segundo o nome da obra deve ser o nascimento de cristo. Nos arredores apresentam-se os outros personagens, os quais formam uma linha diagonal, típica do estilo barroco, sendo eles: um anjo, na parte superior da pintura carregando uma faixa, que está indo em direção à mulher, dois homens, na lateral direita, que estão com roupas parecidas com de padres da época e que estão a rezar, outro homem, sentado á direita, um na lateral esquerda da foto que está com uma vaca e com trajes típicos deste período e por fim, temos o bebe (supostamente cristo) como quem acabou de nascer, o qual está deitado em cima de um pano frente a aparente mãe.
     Como Caravaggio não se interessou pela beleza clássica nesta pintura é representado pessoas do “povo”, ou seja, pessoas humildes. Conhecido como o fundador do estilo “luminista” (criação de luz intencionalmente, sem o sol) essa imagem representa muito bem esse estilo, onde, por meio desse efeito os maiores destacados são: o anjo e a mulher e a cabeça do bebe e menos destacados o senhor o que está com sua vaca e os outros três homens.
     Nesse período, o claro-escuro era uma “técnica” para expressar os sentimentos, em que o quanto maior fosse o contraste maior era esse sentimento, assim esta imagem quando comparada com outras obras de Caravaggio, como o tocador de alaúde, pode ser considerada uma pintura com pouco contraste, talvez por mostrar uma cena de nascimento que é um momento sereno na vida de uma mulher.
     Então essa pintura nada mais nada menos representa uma boa imagem do período barroco que dentre as suas características principais estão representadas o claro-escuro, a diagonal e o tema religiosidade.

Autoras: Brenda Penedo
Larissa Silveira
Letícia Ribeira
Thaís Sena 

Davi com a cabeça de Golias.


Davi com a cabeça de Golias é um quadro pintado pelo artista italiano Caravaggio, que está atualmente na Galleria Borghese, na Roma. A pintura data de 1605, provavelmente, mas estudos apontam 1609 como sendo a data verdadeira.
Feita em óleo sobre tela, ela mostra o herói bíblico Davi, após degolar o gigante Golias, segurando sua cabeça com a mão esquerda, na direita, está a espada que usou para matá-lo. Davi tem o rosto feminino, mas o corpo masculino usa uma vestimenta branca e marrom, que cobre apenas metade de seu tronco. A espada de Davi toca em sua virilha uma provável alusão a um duelo onde o autor do quadro assassinou uma pessoa, ferindo-a nessa parte do corpo, além do cordão na cintura do guerreiro imitar o formato de um pênis possível crítica aos motivos fúteis, e de ordem sexual, que levaram o rei hebraico à ordenar o assassinato do gigante.Davi parece perturbado, seu rosto passa a ideia de que ele sente tristeza e compaixão pela sua vítima.
O rosto de Golias contrasta visualmente com o de Davi, seu rosto demonstra apenas a dor física, as órbitas dos seus olhos parecem prestes a saltar pra fora da cabeça e há uma grande ferida em sua testa, onde Davi o acertou. Algumas teorias dizem que Caravaggio cria seu rosto na persona do vilão, do assassino, do derrotado; faz questão de converter suas pinceladas tenebristas.
A obra é composta por duas pessoas, se for possível considerar a cabeça de Golias como uma, e alguns objetos, a espada e as roupas de Davi, as cores da pintura se contrastam fortemente, Davi tem cor clara em certas partes do corpo e escura em outras e a espada brilha na parte inferior, Golias partilha do mesmo contraste de cores e além deles, só há escuridão, como se a luz viesse dos próprios corpos. Sua linha de cena é diagonal, típica de Caravaggio, e as linhas de movimento se direcionam para a cabeça degolada de Golias.
As sensações que a imagem nos passa são de culpa, tristeza, arrependimento e absolutamente nenhuma sensação de vitória, mesmo que o herói tenha vencido o vilão, ele não parece feliz por isso. Também sentimos uma sensação sufocante de claustrofobia causada pela dor de Golias e pelo extremo negro que rodeia as personagens.

Autores: Andrew Leal
Heytor Dantas
Marco Aurélio