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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Judith Cortando a Cabeça de Holofernes.

A imagem retrata Judith decapitando Holofernes. Podemos notar que a expressão de Judith é de insegurança do que está fazendo. Holofernes expressa uma dor e agonia e talvez seja o rosto de Holofernes que dê ao quadro um tom dramático e horrendo. Também se pode perceber que tem uma velha atrás de Judith e essa, expressa frieza diante do acontecimento. Caravaggio trata de acontecimentos bíblicos usando jogos de luz e sombra. Na pintura notamos que o foco de luz esta no braço de Holofernes e no rosto de Judith atraindo a visão do observador para o rosto de Holofernes. É como se fosse um caminho de luz atraindo para os rostos dos personagens principais. Como a pintura é do estilo barroco é assimétrica e o cenário é escuro possuindo, a pintura, três figuras, além de estarem duas em pé e uma deitada. Predomina a linha sinuosa atraindo os olhares para os pontos de luz, além de ter no fundo um manto vermelho que contrasta com o preto do fundo.
A imagem chama a atenção, pois caravaggio soube utilizar muito bem além das posições das figuras e da idéia de movimento no corpo dos personagens, o jogo de luz e sombra, atrai os olhares para as figuras destacadas que entre outras é a cabeça de Holofernes. Tanto a sinuosidade como as expressões dos indivíduos dão um tom dramático e certa agonia pela cabeça de Holofernes esta sendo decapitada, não é nem a decapitação em si mais a expressão e o fato de a cabeça esta “quase” cortada por inteiro e este “quase” dá a agonia, pois a cabeça não aparece totalmente decapitada mais quase decapitada. Além disso, da uma sensação de medo pela frieza da velha que esta atrás de Judith. Para ela não faz diferença que Judith salve sua própria pátria, decapitando holofernes, para ela é uma coisa normal e isso da certo medo e temor, pois a atitude da velha parece aterrorizante. Caravaggio consegue mostrar a podridão de certos capítulos bíblicos e choca qualquer espectador de sua obra com as pinceladas que dão cor à sombria realidade de um período que tinha sido glorioso.           

Autores: André Valente                                     
                Daniel Bentes
                Felipe Brito                                                                                                                                                      
                Julio Victor

A Crucificação de Santo André.

“A Crucificação de Santo André” é uma obra feita no período do Barroco por Caravaggio, entre 1609-1610, pouco antes de sua morte.
         Santo André foi amarrado na cruz pois tentou converter os gregos ao cristianismo, porém pessoas se juntavam a cruz e ele continuou profetizando a elas. Essas pessoas pediram para libertar Santo André, ao qual foi permitida a liberdade, mas ele implorou a Deus para morrer na cruz assim como Cristo tinha feito. Deus concedeu ao seu desejo.
        
• Descrição da imagem
         A imagem representa Santo André amarrado na cruz, um homem tentando desamarrar as cordas que o seguram e pessoas ao redor observando a cena.
         Caravaggio transmite o drama da morte milagrosa de Santo André através dos músculos tensos do homem tentando desatar os nós que o prendem na cruz (mas sendo incapaz de fazê-los) e pela expressão de espanto das pessoas que presenciam a cena.
         
• Composição / Elementos visuais
         Esse quadro foi produzido utilizando a técnica de óleo sobre tela, sendo uma imagem assimétrica e com a presença da linha diagonal, que pode ser percebida na posição em que se encontra a cruz. Caravaggio utilizou a perspectiva de luz e sombra para transmitir um drama espiritual.
         A luz é utilizada principalmente nos detalhes, para dar um foco nos elementos principais da pintura. Esse jogo de luz e sombra de Caravaggio chama-se Tenebrismo.
         Esta obra possui uma visão bastante realista, uma das características das pinturas de Caravaggio, com um fundo obscuro, quase totalmente negro e sempre retratando temas bíblicos.

• Interpretação da imagem
          A imagem transmite às pessoas certo drama. A expressão facial de Santo André, e até mesmo seu corpo, que está com aparência de bastante desgastado, nos passa a sensação de agonia e cansaço por estar nessa situação.
         As pessoas que estão embaixo da cruz, presenciando a cena em que o carrasco tenta desamarrar as cordas de santo André, em vão, possuem expressões faciais que nos transmite a sensação de não estarem compreendendo o que está acontecendo, o porque de o homem não conseguir desatar a corda.
         Essas pessoas estão ao mesmo tempo esperando que santo André seja solto e também espantadas pela suposta demora.
         Essa luz focando em cima do corpo de santo André, tenta chamar atenção para o estado que ele se encontrava após permanecer dois dias preso na cruz, aparentemente com o corpo bastante desgastado e cansado.

Autores: Diego Henrique
              Jéssica Fernandes
              Tainá Rezende

O Tocador de Alaúde.

Imagem, descrição detalhada da obra:
Logo de cara podemos perceber um jovem rapaz de beleza feminóide e sensual. Com a pele bem clara, olhos negros como se estivesse olhando á uma direção, com o rosto de feições delicadas, cabelo ondulado possuindo uma faixa branca, a mesma cor de sua blusa. Comparte o protagonismo com frutas, flores em um jarro e uma serie de objetos relacionados á música como instrumentos musicais: alaúde, violino e juntos sob a mesa aparente algumas partituras. O jovem parece estar sentado atrás de um mesa ou balcão, tocando seu alaúde. Esta pintura é uma obra do gênero Barroco. Nesta obra fica evidente o emprego estético de Caravaggio do jogo de luzes e sombras com o cenário negro de fundo com uma luz amarela focalizando a figura principal (o tocador) e se bem que o claro e escuro só serviriam como algo para se criar volumes e profundidades, sem dar a ação efeitos dramáticos, como seria habitual nas obras do artista.
Elementos visuais, composição:
É uma figura assimétrica, pois se imaginarmos uma linha vertical no meio da figura, não teremos a mesma imagem ou imagens parecidas em ambos os lados.
Quanto ao tipo de linha predominante, podemos observar em bastante uso a linha curva, que contorna o rosto do tocador, sua roupa, seu alaúde, e os objetos de natureza morta (flores, frutas).
Caravaggio utiliza do jogo de cores, escuro e claro, em sua obra, pois percebe-se o quarto ao fundo muito escuro, e sobrepondo este, o tocador, como se existisse algum feixe de luz sobre ele, ou como um contemporâneo do próprio Caravaggio citou, “uma luz forte de cima com uma única janela e as paredes pintadas de preto, de modo que ter as luzes e as sombras escoras, da a profundidade à pintura”
Quando olhada a obra, logo olhamos para o instrumento do Tocador, por ser um tanto inusitado, este se chama Alaúde, e possui base de formato semelhante à uma pêra. E também para o rosto do Tocador, que por estar em cor clara em um fundo preto também chama a atenção do observador.
 Interpretação da Imagem pelo grupo
A obra O tocador de Alaúde, como sabemos é do grande artista Caravaggio, um pintor que queria ter proposto uma oposição consciente ao Renascimento e ao Maneirismo. E assim foi feito em suas pinturas. O objetivo do artista não era passar algo onde transmitisse dramatização, como era visto em suas posteriores obras. Já nesta, é bem claro observarmos um grande jogo de luz e sombra, onde o principal objetivo da pintura é algo para criar volumes e profundidades na imagem. A imagem nos transmite uma sensação de solidão, pelo fato das cores serem escuras, e o personagem estar em um ambiente sozinho.

Autores: Lariza Souza
Márcio Vinícius 
Thayane Lima 

A vocação de São Mateus.

Descrição: Um cenário de uma conversa ou um debate, representando o naturalismo, onde se têm homens e uma mulher na cena, quatro homens e uma mulher sentada e mais dois homens em pé. Há uma parte superior, ocupada só por uma janela, e o inferior, no que se representa o momento preciso no que Cristo apontando a são Mateus. O santo está sentado frente a uma mesa com um grupo de pessoas, vestidas como os contemporâneos de Caravaggio, como numa cena de taberna. Cristo traz a luz verdadeira a este espaço escuro dos angariadores de impostos. Para acentuar a tensão dramática da imagem e focalizar sobre o grupo dos protagonistas a atenção de quem olha, recorre ao expediente de submergir a cena numa penumbra cortada por raios de luz branca, que faz emergir os gestos, as mãos, ou parte da roupa, e deixa quase invisível o resto. Apenas são Mateus enxerga o Cristo e reconhece o seu chamado. Alguns olhares estão tão  atentos em contar o dinheiro que nem o percebem.
Elementos visuais: Na figura são usadas cores escuras, enfatizando mais o vermelho, há formas bem definidas do rosto, corpo, roupas e os movimentos. Há uma composição diagonal no feixe de luz no meio da cena apontando ao santo.
É uma imagem que nos transmite emoção, drama e certo suspense por causa do ambiente escuro e pela tensão demonstrada no rosto das pessoas. E pelos movimentos dos personagens.

Autores:
Tainá Oliveira
Willian Eduardo
Yago Oliveira

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Os Músicos.

O quadro “Os Músicos” foi pintado em 1595 em Roma, é uma obra não religiosa, não simétrica e uma das mais discutidas de Caravaggio por sua complexidade. Foi uma pintura encomendada pelo Cardeal Francesco Del Monte, que apoiava um renascimento da música, um tema muito em alta na época. Vemos na cena com linha horizontal quatro figuras masculinas provavelmente ensaiando ou dando um concerto. Temos um garoto afinando um alaúde nas mãos vestido com uma túnica branca, uma vermelha e outra esverdeada mais abaixo, ele se encontra posicionado de modo frontal e é reconhecido como a figura central da obra, mesmo estando em segundo plano. O garoto que está de costas parcialmente nuas com um violino ao seu lado e aparentemente lê uma música, está em primeiro plano, embora esteja virado de costas ao espectador.  Em terceiro plano está um garoto que só lhe é apresentado a cabeça, e em quarto plano vemos uma figura vestida de cupido curvada em atenção a um cacho de uvas, que para alguns seria um aspecto erótico. As figuras não reagem entre si. O que mais chama a atenção são as expressões faciais, principalmente da figura central, onde temos a impressão que a música que está sendo tocada é triste, pois percebemos no rosto do garoto expressões de choro, de emoção, o que fica mais evidente ainda com o uso da cor vermelhada para a pele do rosto localizada abaixo das bochechas e os olhos levemente caídos. Quanto ao que se encontra em terceiro plano, vemos uma leve expressão de surpresa, admiração. Também percebemos um tratamento de luz e sombra onde há uma luz focando as figuras em primeiro e segundo plano, deixando mais obscuras as outras duas figuras e dando uma noção de profundidade. Curiosamente especula-se, dado o grande realismo da obra, que a figura central tocando madrigal foi um companheiro de Caravaggio chamado Mario Minniti e a figura entre a de primeiro e segundo plano é um autorretrato do próprio Caravaggio.

Autores: Andony Leal
Ingrid Barbosa
Valéria Suanne 

Natividade.

     Como um dos principais temas do barroco, temos nesta pintura, a religiosidade.   Na obra há um foco central, uma mulher, a qual parece estar tendo um filho e que segundo o nome da obra deve ser o nascimento de cristo. Nos arredores apresentam-se os outros personagens, os quais formam uma linha diagonal, típica do estilo barroco, sendo eles: um anjo, na parte superior da pintura carregando uma faixa, que está indo em direção à mulher, dois homens, na lateral direita, que estão com roupas parecidas com de padres da época e que estão a rezar, outro homem, sentado á direita, um na lateral esquerda da foto que está com uma vaca e com trajes típicos deste período e por fim, temos o bebe (supostamente cristo) como quem acabou de nascer, o qual está deitado em cima de um pano frente a aparente mãe.
     Como Caravaggio não se interessou pela beleza clássica nesta pintura é representado pessoas do “povo”, ou seja, pessoas humildes. Conhecido como o fundador do estilo “luminista” (criação de luz intencionalmente, sem o sol) essa imagem representa muito bem esse estilo, onde, por meio desse efeito os maiores destacados são: o anjo e a mulher e a cabeça do bebe e menos destacados o senhor o que está com sua vaca e os outros três homens.
     Nesse período, o claro-escuro era uma “técnica” para expressar os sentimentos, em que o quanto maior fosse o contraste maior era esse sentimento, assim esta imagem quando comparada com outras obras de Caravaggio, como o tocador de alaúde, pode ser considerada uma pintura com pouco contraste, talvez por mostrar uma cena de nascimento que é um momento sereno na vida de uma mulher.
     Então essa pintura nada mais nada menos representa uma boa imagem do período barroco que dentre as suas características principais estão representadas o claro-escuro, a diagonal e o tema religiosidade.

Autoras: Brenda Penedo
Larissa Silveira
Letícia Ribeira
Thaís Sena 

Davi com a cabeça de Golias.


Davi com a cabeça de Golias é um quadro pintado pelo artista italiano Caravaggio, que está atualmente na Galleria Borghese, na Roma. A pintura data de 1605, provavelmente, mas estudos apontam 1609 como sendo a data verdadeira.
Feita em óleo sobre tela, ela mostra o herói bíblico Davi, após degolar o gigante Golias, segurando sua cabeça com a mão esquerda, na direita, está a espada que usou para matá-lo. Davi tem o rosto feminino, mas o corpo masculino usa uma vestimenta branca e marrom, que cobre apenas metade de seu tronco. A espada de Davi toca em sua virilha uma provável alusão a um duelo onde o autor do quadro assassinou uma pessoa, ferindo-a nessa parte do corpo, além do cordão na cintura do guerreiro imitar o formato de um pênis possível crítica aos motivos fúteis, e de ordem sexual, que levaram o rei hebraico à ordenar o assassinato do gigante.Davi parece perturbado, seu rosto passa a ideia de que ele sente tristeza e compaixão pela sua vítima.
O rosto de Golias contrasta visualmente com o de Davi, seu rosto demonstra apenas a dor física, as órbitas dos seus olhos parecem prestes a saltar pra fora da cabeça e há uma grande ferida em sua testa, onde Davi o acertou. Algumas teorias dizem que Caravaggio cria seu rosto na persona do vilão, do assassino, do derrotado; faz questão de converter suas pinceladas tenebristas.
A obra é composta por duas pessoas, se for possível considerar a cabeça de Golias como uma, e alguns objetos, a espada e as roupas de Davi, as cores da pintura se contrastam fortemente, Davi tem cor clara em certas partes do corpo e escura em outras e a espada brilha na parte inferior, Golias partilha do mesmo contraste de cores e além deles, só há escuridão, como se a luz viesse dos próprios corpos. Sua linha de cena é diagonal, típica de Caravaggio, e as linhas de movimento se direcionam para a cabeça degolada de Golias.
As sensações que a imagem nos passa são de culpa, tristeza, arrependimento e absolutamente nenhuma sensação de vitória, mesmo que o herói tenha vencido o vilão, ele não parece feliz por isso. Também sentimos uma sensação sufocante de claustrofobia causada pela dor de Golias e pelo extremo negro que rodeia as personagens.

Autores: Andrew Leal
Heytor Dantas
Marco Aurélio

A crucificação de São Pedro.

Descrição de obra
Na imagem aparecem quatro homens, três algozes, e Pedro que está sendo crucificado. Os três soldados estão vestindo roupas que eram usadas por pessoas que não tinham uma boa condição financeira. O primeiro está segurando a parte dos pés de Pedro, veste uma blusa branca com mangas até o cotovelo, com um pano vermelho nos ombros. O segundo algoz esta puxando a corda, provavelmente pra ficarem bem preso, os pés de Pedro na cruz, ele veste uma blusa de mangas compridas, de cor marrom e uma calça azul marinho. O terceiro está levantando a cruz com as costas, ele usa uma blusa branca de mangas curtas e uma calça até o joelho de cor laranja. O quarto, que é Pedro, que esta sendo preso a cruz, usa só um pano branco,como se fosse uma cueca,porém do jeito que era usado em épocas passadas.Caravaggio,da aos seus quadros uma  dimensão e impacto realista, ao usar um fundo sempre raso, obscuro, muitas vezes totalmente negro, e agrupar a cena em primeiro plano com focos intenso de luz sobre os detalhes, geralmente os rostos.  
Elementos visuais
A obra é ,toda em diagonais agudas que se entrechocavam, simbolizando o conflito da brutalidade com a pureza. A colocação destacada, em primeiro plano, do traseiro de um dos algozes mereceu a acusação de vulgaridade. A tela apresenta notável realismo nas pernas dos santos atendentes, com as veias saltadas pelo esforço. O que podemos perceber também é a intensidade de efeitos através do contrastes entre o claro e o escuro que modelam as figuras e objetos.
    Interpretação da imagem
A obra pode ser interpretada como, Comovente e realista, a obra, traz um São Pedro que demonstra nos olhos uma dor inquestionável. O autor da á obra um impacto realista e com a utilização de pessoas comuns das ruas de Roma, o que é freqüente nas obras de Caravaggio.Ele consegue retratar o aspecto real dos eventos bíblicos que ele utiliza.

Autoras: Camille Bispo
Clarissa Jucá
Claudia Gabriela 

Deposição da Cruz.

A ‘’Deposição da Cruz’’ é uma obra do pintor barroco italiano Michelangelo Merisi de Caravaggio, foi pintada por volta do século XVII entre 1602 e 1604. A obra retrata Jesus Cristo sendo segurado por outros dois homens que o agarram e que o primeiro olha diretamente para o visualizador, mais atrás vemos mais três mulheres rezando ou orando por ele. Jesus está relaxado e de olhos fechados usando apenas um manto branco para cobrir suas partes íntimas. A imagem mostra também dois homens descalços usando túnicas, uma vermelha e outra mais escura com tons de verde. Mais no fundo existem três mulheres que estão com diferentes expressões e entre uma delas uma freira olhando para baixo, outra com a mão direita sobre a testa com um sentimento de indignação e uma ultima olhado para o céu que está usando roupas nas cores vinho e branco, além disso, todos estão em cima de uma espécie de base de madeira. Na obra podemos dar destaque a Jesus e os homens que o seguram tanto pela posição quanto o espaço que estão, no centro da tela. A luz da pintura vem inclinada do lado esquerdo da tela e ilumina quase todos os personagens, priorizando  Jesus e os que estão do lado direito. As cores utilizadas foram poucas, podendo citar como o exemplo o vermelho que se preenche basicamente nas túnicas usadas pelos homens, o branco que está mais dispersado nos personagens e o preto que predomina e circula em quase todo fundo da obra, que faz muito bem o jogo de luzes entre claro e escuro (Chiaroscuro). Pela Localização das pessoas e da posição em que elas estão, podemos deduzir que a obra é assimétrica, e olhando pelos rostos, forma-se uma linha diagonal na tela.
A obra repassa uma sensação de tristeza e aflição sendo mostrada pelos rostos das mulheres, expressando todo seu carinho e respeito para com Jesus. Também vemos uma noção de agitação na obra caracterizado pelos movimentos dos braços das mulheres e o sentido curvado em que os homens estão. É interessante Notar que cada personagem tem uma expressão diferente e que isso prende quem vê para a compreender toda a obra.

Autores: Felipe Souto
Marcos Tadeu
Matheus Seabra 

O Jovem Baco.

Descrição: O jovem baco como o próprio artigo já indica é um homem, mas precisamente um rapaz, com um ar andrógino (aparência masculina e feminina), com o corpo molemente inclinado. Ele está sentado, com uma vestimenta branca - um branco quase da mesma tonalidade da cor dele, sendo que a cor de sua pele é um branco puxado para o rosado claro, a famosa cor de pele. Seu rosto está levemente inclinado para o seu lado esquerdo (para quem o vê, seria o lado direito) e está com um dos olhos “ligado” para sua mão esquerda, que oferece uma taça de vinho.
Ele não está nu, mas está apenas com a metade de seu peito coberta. A outra metade, que fica para o lado de fora da manta branca, faz realçar os músculos de seu braço direito. Suas bochechas estão rosadas, e ele está com um aspecto normal, ou seja: nem triste, nem alegre ou assustado. Tem cabelos longos e nariz fino, uma boca pequena e olhos meio puxados. Os cabelos encontram-se presos e são da cor preta e estão cobertos por um chapéu feito por flores e folhas.

Elementos Visuais:
- Forma: Simétrico
- Composição: Há tanto uma pessoa, como há objetos.
- Profundidade: Perspectiva visual.
- Linha da Cena: Vertical
- Linha de Movimento: As linhas direcionam o movimento para o lado esquerdo do jovem (tudo voltado para a taça de vinho).
- Cores: As tonalidades em si são claras (a maioria) com contraste nos cantos e abaixo do queixo; e na manta ao lado do braço não coberto. Tem brilho no ombro do braço direito, pegando parte do pescoço e peitoral

Interpretação da imagem:
Segundo a lenda ele é um deus que ensinou a agricultura aos homens no Egito, tendo sido o primeiro a plantar a videira. Era por isso adorado como o deus do vinho.
 Nós entendemos que Baco era um nome de uma divindade adotada pelos romanos, do deus grego Dioniso, cujo mito é considerado ainda mais antigo por alguns estudiosos.
Através dessa gravura podemos perceber que ele é um deus que gosta de farras, de bebedeira, de muito vinho, orgias sexuais, porque a figura apresenta apelo sexual.
As festas em sua homenagem eram chamadas de bacanais -. Os estudiosos ainda não tem certeza se bacanais era o mesmo que orgias sexuais.
A pantera, o cântaro, o vinho e um cacho de uvas foram associadas ao deus Baco.

Autoras:
Jessica Anne
Maria Gabriela
Taísa Rodrigues

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Conversão de São Paulo.


  A “Conversão de São Paulo” é uma das pinturas mais conhecidas de Caravaggio, pintada entre os anos 1600 e 1601. Retrata a passagem bíblica de Atos dos apóstolos, capítulo 9, versículos de 1 a 9. A obra mostra São Paulo caído no chão com os braços abertos e olhos fechados e sua espada caída ao seu lado. Ele veste uma roupa que lembra uma armadura, usa uma capa vermelha e dois lenços brancos amarrados em seus braços. Mostra também um cavalo malhado; com a cabeça abaixada e uma pata dianteira levantada. Um homem, que supostamente seria um companheiro de viagem, segura o cabresto do animal e observa tudo com a testa franzida.
  A pintura possui três figuras principais: o cavalo, São Paulo e o homem. A figura do cavalo leva mais destaque, tanto pela luz que o ilumina, quanto pela ocupação de espaço na tela. A iluminação no cavalo forma uma trajetória que nos leva ao corpo no chão. A luz também percorre os braços de São Paulo, guiando nossos olhos à expressão dele. O outro homem também recebe iluminação em seu rosto, mas bem pouca. As cores mais utilizadas foram o preto, que preenche quase todo o fundo e acentua a oposição claro-escuro, o vermelho quase alaranjado, que contrasta com as cores mais escuras da pintura e o marrom, que dá destaque ao cavalo, juntamente com um branco encardido.  A obra é assimétrica, pois o jogo de luz e sombra leva a uma visualização diagonal da pintura, uma forte característica barroca.
  A imagem transmite certa agonia, em parte pela atmosfera densa provida da escuridão ao fundo e também pelo apóstolo que está caído ao chão, surgindo também uma curiosidade em torno do motivo pelo o qual ele está ali. Esta emoção cresce a partir do momento em que vemos a figura do homem parado ao lado do cavalo, nos leva a pensar o que ele estaria fazendo ali, ou então, quem ele é. Portanto, a imagem torna-se interessante pela sua criatividade, pelas várias suposições que podemos fazer diante do ato de cada figura representada, deixando um ar de mistério. Além disso, os artifícios artísticos foram dispostos de uma forma que prende os olhos do espectador e os faz percorrer toda obra, até a total compreensão do conteúdo apresentado.

Autores: Márjorie Mota 
Rômulo Paiva
Sonia Teixeira

domingo, 11 de setembro de 2011

Biografia de Michelangelo Merisi da Caravaggio.

Michelangelo Merisi da Caravaggio foi o mais notável artista barroco italiano; suas obras, repletas de uma dramatização aguda, em sua maioria, são comumente voltadas aos interesses clericais, tendo em vista a investida da Igreja Católica na Contra-Reforma, pela qual almejava atrair novamente os fieis desgarrados do rebanho cristão.
O artista nasceu em Milão, em 29 de setembro de 1571, mas passou sua infância e parte da adolescência na cidade de Caravaggio, a qual veio ser seu pseudônimo posteriormente. Ele perdeu seu pai com seis anos de idade; sua mãe, com dezoito. Com doze começou a trabalhar como aprendiz com o pintor Simone Peterzano e, aos vinte e um, no ateliê de Giuseppe Cesari. Dois anos mais tarde, em 1594, fez sua primeira e grande obra: Os jogadores de Carta.
A forte relação entre claro e escuro em suas obras, o chamado tenebrismo, é o ponto marcante do artista. Além de embutir nas pinceladas uma essência obscura, revelava o gênio tempestuoso e polêmica personalidade de si próprio. A realidade de sua arte era marcada pelos efeitos de luz e sombra, instigando o observador mais apurado a pesquisar novas descobertas na obra. Tais efeitos foram revolucionários no seu trabalho, dando uma peculiaridade ao artista. Seus personagens eram pessoas comuns, como um mero vendedor ou um músico ambulante.
O percurso de Caravaggio em vida não foi muito longo, não passando dos quarenta anos. Depois de um curto período de miséria, no qual suas obras foram vendidas nas feiras, o artista foi trabalhar ao Cardeal Del Monte, refinado clérigo, patrono da escola de pintores de Roma. No entanto, Caravaggio teve que fugir da cidade por não pagar uma aposta perdida, iniciando sua trajetória nômade, com os últimos suspiros de vida. Passou por Nápoles, Malta, Siracusa, Messina e Palermo.
Em 1610, Caravaggio morre na região da Toscana. Sua vida foi marcada por desavenças, polêmicas, porfias, satisfação carnal e, finalmente, admiráveis obras. Sob sua moral turva, deixou um legado de obras que serão analisadas mais detidamente ao decorrer das postagens neste blog.
Um pequeno relato de sua morte foi proferido pelo artista Giovanni Baglione, que anos antes havia o processado por ofensa: "Foi colocado numa cama, com febre muito forte, e ali, sem ajuda de Deus ou de amigos, morreu depois de alguns dias, tão miseravelmente quanto viveu".